Encontre o que realmente importa em um laudo de SPDA a nível de fiscalização e de proteção patrimonial
O laudo de SPDA é uma avaliação profissional, com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que atesta se a proteção contra descargas atmosféricas da sua edificação está adequada à norma específica (NBR 5419) e às exigências de fiscalização.
Para quem responde por operações e aquisição de ativos, ele funciona como prova de diligência prévia. Assim, reduz risco de paradas, perdas de ativos e não conformidades em auditorias do Corpo de Bombeiros e seguradoras, além de orientar intervenções priorizadas por criticidade sem comprometer a continuidade.
Em outras palavras, é o documento que reduz risco de parada de produção, acidentes e autuações — e que prova a conformidade quando você mais precisa.
A seguir, você verá o que realmente é inspecionado, a periodicidade recomendada por risco, como as multas acontecem e como adequar sem parar a operação.
1. Por Que Esse Tema Merece Atenção?
O Brasil é o país com maior incidência de raios do mundo. O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reporta, em média, cerca de 78 milhões de descargas por ano, com forte sazonalidade no período chuvoso.

Fonte: Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT)
As consequências humanas e materiais também são recorrentes. Por exemplo, os anuários da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) mostram dezenas de fatalidades anuais associadas a descargas atmosféricas e múltiplos eventos com danos a instalações e equipamentos.
Em 2022, o monitoramento registrou 190 milhões de descargas no país, com picos sazonais no verão, quando os incidentes aumentam significativamente.
Portanto, na prática, a elevada probabilidade de exposição no Meio-Norte justifica uma gestão de SPDA bem feita, documentada e atualizada.
2. O Que é Avaliado Em Um Laudo de SPDA, Além do “Para-Raios”?
Mais do que olhar o captor no topo, um laudo de qualidade cobre, no mínimo:
Análise de risco: Classificação da estrutura (Classe I a IV), tipo de ocupação e perdas potenciais; definição do nível de proteção necessário.
Verificação do subsistema de captação: Geometria de proteção (gaiola de Faraday, hastes/cordoalhas), espaçamento, continuidade elétrica, fixações e corrosão.
Condutores de descida: Quantidade, rotas, seções, conexões, equipotencialização, separação segura de partes metálicas e linhas internas.
Aterramento: configuração (malha/anel), medições de resistência e de continuidade, seções, conexões, integridade mecânica, influência do solo local (cidades com solos heterogêneos e variação sazonal de umidade).
Proteção interna (muitas vezes ignorada): DPS coordenados por nível (entrada, quadros principais, CCMs, TI), zonas de proteção contra raios (LPZ) e equipotencialização das massas e linhas.
Conformidade documental: Projeto “as built”, ART do projeto/execução/laudo, memorial de cálculo, plantas atualizadas, registros de inspeções e medições anteriores.

Fonte: Autor próprio
3. Quando Fazer e Com Qual Periodicidade?
A norma prevê inspeções inicial, periódica e após alterações/descargas relevantes. Na prática:
– Antes da instalação ou grande reforma: Inspeção inicial com análise de risco e projeto.
– Após ocorrência de descarga relevante, substituições ou ampliações: Reinspeção específica.
– Periodicidade típica: Anual para ambientes severos (corrosão, serviço essencial, atmosferas explosivas) e até 3 anos para demais estruturas, sempre respeitando a classe de risco e o ambiente. A inspeção pode ser visual, detalhada e com medições — a combinação é definida pela análise de risco.
4. Qual é o Risco Real?
- Fiscalização: Corpos de bombeiros estaduais, prefeituras (alvará), auditorias trabalhistas e seguradoras exigem conformidade com a NBR 5419 e NR 10. Ausência de laudo/ART, não conformidades graves ou documentação desatualizada podem gerar autuações, exigência de adequação e, em casos críticos, interdição de áreas.
- Responsabilidade do Gestor: Em acidente com vítimas, além das consequências humanas, a responsabilidade civil e criminal é analisada à luz da conformidade técnica e das evidências de manutenção preventiva.
5. Como Adequar Sem Parar a Operação?
Em operações contínuas, execute por zonas e janelas: correções de conexões e descidas por trechos, instalação/coordenação de DPS por painel, equipotencialização setorial e validação final em etapas.
Além disso, procedimentos de bloqueio e sinalização (NR 10) e um cronograma alinhado com a operação evitam desligamentos amplos. Em geral, 70 a 80% das correções típicas de SPDA podem ser feitas com a planta em operação, desde que o plano de risco esteja bem construído.
6. Efeitos da Sazonalidade que Impactam Seu SPDA
A sazonalidade de tempestades impõe revisão e medições antes do período chuvoso mais intenso. Ademais, a maritimidade no litoral e em ambientes com poeira/umidade em agroindústrias aceleram corrosão de conectores e cordoalhas. Por isso, é recomendado especificar ligas e proteções anticorrosivas e encurtar janelas de inspeção.
A resistividade do solo varia ao longo do ano, afetando desempenho do aterramento. Logo, seu laudo deve refletir isso na análise e no plano de reforço (aneis perimetrais, hastes adicionais, tratamento local).
A coordenação com concessionárias e CBMs locais agiliza licenças e evita retrabalho documental.
7. Como Você se Beneficia na Prática?
A Regulus Energia fornece laudos de SPDA com responsabilidade técnica registrada, conforme a NBR 5419. Principalmente, focando em operação contínua: inspeção técnica completa, medições e um plano de adequação priorizado por risco e janela operacional, para indústrias, agronegócio e comércios no Piauí, Maranhão e Ceará.
Para operações que não podem parar, o diferencial está em três frentes: conformidade técnica documentada (para auditorias e seguros), proteção interna bem coordenada (DPS e equipotencialização, que salvam a eletrônica industrial) e planejamento de execução por zonas, reduzindo interrupções.
8. Conclusão
Desse modo, a emissão de laudos contra descargas atmosféricas não é apenas um requisito, mas também um instrumento de gestão de risco. Em um país que registra milhões de descargas por ano, a conformidade com as normas deixa de ser “burocracia” e passa a ser a linha que separa continuidade operacional de paradas forçadas e prejuízos financeiros.
Percorrer a próxima estação chuvosa com risco mínimo, documentação sólida e sem surpresas em auditoria é plenamente acessível. A Regulus Energia pode estruturar, em conjunto com seu time, o cronograma de inspeção, medições e correções priorizadas por área crítica, entregando o laudo com ART e os registros que as fiscalizações exigem.
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